A história dos pescadores/as do Brasil
está marcada por dois momentos: o primeiro quando eles/as foram
involuntariamente “alistados” pela Marinha do Brasil para garantir a soberania
nacional e controle da produção. Assim começaram a ser organizados pela
capitania dos Portos.
Frei Alfredo Schnuettgen - OFM - |
A partir da atuação e debates com
os/as pescadores/as foram identificados os problemas: falta de autonomia;
atrelamento ao estado; exploração da produção; negação aos direitos sociais;
ameaça aos territórios; falta de política de fomento à pesca e o avanço da
poluição. Essa realidade provocou o CPP na ação profética.
Irª. Maria Nilza de Miranda
Montenegro - Irmãs Dorotéias - |
Todavia, o Ministério da pesca e Aquicultura, criado em 2009, que era uma luta dos pescadores/as para desenvolver de modo sustentável a atividade, surge como uma ameaça á pesca artesanal. Através dele o governo brasileiro tem investido nos grandes empreendimentos aquicolas (carcinicultura, maricultura e piscicultura), e provocando sérios impactos ambientais, alem das constantes ameaças ao desaparecimento dos Territórios Pesqueiros.
Dom José Haring |
Hoje, os/as pescadores/as lutam pelo reconhecimento, conquista dos territórios tradicionais pesqueiros, preservação do meio ambiente e efetivação de políticas publicas para a pesca artesanal. O CPP continua com a missão contribuir na mudança da realidade das comunidades pesqueiras e em transformar homens e mulheres da pesca artesanal em agentes da própria historia.
Que o espírito de luta e de tenacidade do Frei Alfredo Schnuettgen permaneça vivo em cada pescador/a e agente de pastoral na busca de uma sociedade mais justa, humana e comprometida com a vida do planeta.